Marquei com as meninas da confecção na clínica de estética da minha mãe de manhã, já que não precisei ir dar aula (era semana de provas).
Depois de muito "não sei..." acabei comprando tudo mesmo, das anáguas até o véu (o que seria alugado) pelo mesmo preço do aluguel.
Uma de minhas madrinhas estava comigo e, quando me vesti e pus todos os acessórios não me senti lindona, a gata, a noiva.
Nem minha madrinha. Acho que a expressão dela de "É esse o vestido?..." meio frustrada é o resumo do que sinto hoje. Não era O vestido.
Mas quando me vi no espelho achei que estava tudo Ok, paguei tudo o que devia, elas conferiram se não estava faltando nenhum ajuste e pronto.
Levei meu vestido pra casa e nem me lembro onde o pus, acho que no meu quarto, perto de todas as coisas que eu usaria no casamento.
Muita gente hoje em dia quando eu falo que não casei com o vestido, não me apaixonei por ele, ficam assustadas. "Mas você estava tão feliz, tão radiante, uma noiva tão bonita..." Há quem diga que amou o meu vestido, que ele era lindo de morrer e eu estava linda nele.
É que a minha felicidade era tão grande que eu não precisei do vestido para me sentir a noiva mais bonita do mundo.
Não fico me torturando mais, nem procurando o vestido, me dizendo "Ah, tinha que ter sido esse aqui", porque é uma energia estéril. Mas quando fizermos nossas Bodas de Renda, quando faremos 25 anos juntos, terei mais cuidado e usarei O vestido.
Como eu comprei, meu vestido espera pacientemente pendurado para nossa sessão de fotos do Trash the Dress.
(Imagens Neumanns)
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