domingo, 15 de dezembro de 2013

Iniciando o processo do casamento civil


Dando uma pausa nos relatos do chá, em janeiro de 2012 comecei a ver a parte burocrática do casamento.
Como a família é uma instituição social, nada mais correto que ela passe, em seu início, por um processo para sua formação, seguindo as leis da nossa sociedade.
Ok, muita gente acredita que para estar casada é só juntar as escovinhas de dente, que todo o resto é frescura, ou imposição da nossa sociedade, com sua "moral e bons costumes" e resquícios da ditadura militar, onde o Estado ainda quer controlar a vida do indivíduo, até na escolha do seu par e na forma como vai viver com ele. E mimimi.
Que lindo! Estar casada de forma livre, sem papel, sem convenções sociais! Só o amor os une!
Hm... Não.
Mais uma vez me posiciono: não concordo. Bom, isso para mim, para minha vida, não funciona. Não gosto de coisas como "A gente se juntou", "Esse é meu namorido" (e nesse caso eu seria o que? Namomulher? Namoesposa? Credo), "Vivemos maritalmente", "Se não der certo, fica mais fácil separar"...
Eu sei, quem faz as lei e regras sociais somos nós, e elas são passíveis de mudanças. Cada um faz da vida o que quer. Mas...:

1. Ritos de passagem, como festas de formatura, noivados, reveillón e etc, são necessários para o progresso pessoal do indivíduo, que entende que uma das fases de sua vida passou e ele está festejando! Sinal de que não ficou nenhum ranço ou neura para traz, e que ele é capaz, maduro e saudável emocionalmente para seguir em frente na vida.

2. Instituições sociais, para perdurarem por séculos e serem portos seguros para as normas da nossa sociedade, precisaram de contratos, acordos e coisas escritas. O Estado, a Igreja e a Família são exemplos destas instituições.

3. Planos de saúde só permitem benefícios para o seu love que mora contigo se ele tiver um papel que comprove que vocês estão juntos de forma estável. Esse mesmo papel ajuda na hora que tudo mais der errado e os bens de vocês precisarem ser divididos (no caso da separação) ou administrados só por um de vocês (no caso de falecimento).

Casamento só há um: no civil.
Ué? E o religioso? Não é casamento, é matrimônio.

Li em muitos blogs as meninas contando, tristes, que tiveram de deixar no cartório a certidão de nascimento, e não as veriam nunca mais. Com medo desse momento de desapego, fui esperta: tirei 2.ª via!
O custo da minha esperteza foram tardes em cartórios quentes  e 50 paus. Quer dizer, 100, porque tirei 2.ª via da certidão do Dê também.
Nasci em Olaria, na maternidade Dr. Balbino, e fui registrada no cartório das redondezas, perto do Cacique de Ramos. Num dia quente de verão, faltando 6 meses para meu casamento, fui  a esse cartório iniciar o processo do casamento.



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