Na manhã do dia 8 de junho de 2012, uma sexta feira de sol tímido, eu me casei no civil.
Dê passou a noite em minha casa para não atrasarmos, acordamos cedo e nos arrumamos. Lembro da gente dividindo o espelho do banheiro, enquanto eu me maquiava e ele penteava o cabelo. Pus um vestido bordado e um paletó de laise que foram da minha avó e minhas Melissas Incense, compradas especialmente para o dia.
Nosso padrinho chegou antes de nós e guardou nosso lugar na fila. Muitos casais, seus amigos, padrinhos e familiares se aglomeravam na famosa Galeria do Amor do Centro de Duque de Caxias. Menos famosa pelos casamentos que são realizados no cartório que fica lá, mas por um ponto de prostituição. Coisa pouco romântica...
Pouco romântica era a nossa espera, a falta de conforto... Porém, tudo um pouco divertido, principalmente quando eu olhava em volta: havia noivos vestidos de forma normal, como se dali fossem para o trabalho, outros como se fossem para uma festa de gala, misturados a vendedores de água e de buquês de plástico.
Pegamos a senha e procuramos um canto para nos sentar com nossa família. Na verdade apenas a minha família. Aos poucos o lugar foi enchendo, nosso padrinho fotógrafo chegou para registrar o momento, nossa madrinha chegou com sua filha e me deu de presente um terço (que usei durante a cerimônia.
Deitei a cabeça no ombro da minha mãe enquanto eu via meu futuro marido conversando com nosso padrinho sobre as músicas da festa. Naquele momento eu ouvi dentro da minha cabeça a última chamada, o último sinal para acabar com as minhas incertezas: eu iria me casar em 20 minutos. A insegurança e o medo bateram forte na minha porta, me jogando na cara um monte de motivos para não continuar. Disfarcei e chorei. Olhei para o Dê, tão feliz e deixei tudo pra trás.
Ao chamado dos nossos nomes, entramos na sala com os nossos e, diante da juíza, disse sim.
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