Não me lembro exatamente se foram vários telefonemas em algumas semanas ou se foi um só, mas para resumo da ópera e licença poética sobre minha própria vida, vou resumir a história:
Eu já havia falado com meu pai sobre seu traje, terno chumbo em lã fria, colete cinza, blusa branca e gravata prata escura. Mas ele entendeu tudo errado, ou nem prestou atenção (homens...) e depois fiquei sabendo que, seguindo o que eu disse, juntando informações tortas e a opinião da mocinha da loja de aluguel, estava todo prosa com seu meio fraque.
Oi?
_ Pai, você vai precisar trocar! Não é nada disso e ainda vai ficar muito diferente do pai do Dê.
_ Xi, fala aqui com a (mulher dele. Não é bom ficar falando o nome. Vai que se eu falar três vezes ela aparece!)
E ela atendeu o telefone soltando os cachorros.
Eu não sei exatamente o que ela disse porque tirei o telefone do ouvido e deixei ela berrando sozinha. Lembro só dela falando alguma coisa do tipo "que não ia se estressar com isso, que às vésperas ela ia ver e eu tava valorizando demais meu casamento"
Oi?
O casamento é meu e eu valorizo quanto eu quiser.
Comecei a ficar com medo de meu pai aparecer com aqueles ternos alugados com cetim e gravata franzidinha over.
Comecei a ficar com medo do meu pai nem aparecer.
Comecei a ficar com medo da que não pode ser nomeada aparecer no casamento e fazer escândalo por recalque. Porque ela é dessas.
Falei pra Vívian ficar de olho nela e reforçar a segurança.
E, fim da história, meu pai apareceu até do jeito que falei, elegante, mas.... E nem consegui dar a gravata de presente pra meu pai. Enfim, ficou tudo lindo.
Eu e Dê entre mamãe e papai
Eu e Dê entre minha nova mãe e meu novo pai
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