Depois de achar que esse dia não chegaria e que estavam me cozinhando e outros verbos esquisitos sinônimos a ludibriar.
Depois de ter pesadelos com algumas coisas cabeludas que soube de algumas noivas, sobre "ateliers" de vestidos de noiva que dão no pé com o dinheiro de noivinhas sonhadoras.
Então...
Dia 3 de dezembro, às 7 da noite, lá no hotel Sheraton da Barra, depois de quase baterem muito feio no meu carro, com uma dor de cabeça dos infernos e com a mala pronta para viajar para Resende, vesti-me de noiva pela segunda vez.
E vi meu vestido pela primeira vez.
E o odiei até o último fio de linha.
Com todas as minhas forças.
Ele pareci tudo, menos um vestido de noiva. Melhor, menos o meu vestido de noiva.
A minha dor de cabeça ajudou a disfarçar a minha frustração.
No espaço organizado para experimentá-lo, cheio de alfinetes pelo chão, a Meire me ajudou vesti-lo.
Não me senti noiva.
Me senti debutante.
Fiquei com muita vontade de chorar.
Acho que perceberam, apesar da minha dor de cabeça e acertaram alguns ajustes.
Como me arrependo de ouvir minha mãe e não resistir a pressão. Como eu queria sentir felicidade naquele momento.
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