Num domingo chuvoso fui para Petrópolis com Dê e mamy. É, tivemos que marcar as reuniões no domingo porque os fornecedores não poderiam no sábado, e os fornecedores era decoradores. Sim, sim, sim! Estava ansiosa para falar com outros! Como eu disse anteriormente, estava pensando em fazer a decoração da festa seguindo o estilo Provence, puxando para o Cottage.
Para quem pensa, como Dedê, que Cottage é queijo, eis algumas inspirações do estilo (cujas imagens eu não lembro de onde tirei):
Ou seja, algo menos rústico que o Provence, um pouco mais urbano, mas com uma pegada colonial. Afinal estou casando em Petrópolis e não tem nada a ver eu mandar uma decoração que não dialogue com a cidade.
Só que é um problema você querer algo tão..., tão..., desconhecido. A gente procura referências na internet e não acha. Na verdade as decorações de casamento estão muito iguais. Em todos os arranjos vejo gérberas, rosas e lisiantos, só muda a cor e sempre tem um suporte de vidro e folhagens espalhadas por baixo da mesa do bolo.
Não! Não! Não!
Não é isso que quero! Não que eu ache feio ou bonito, só não é o que quero.
Mas então, chegamos cedaço no Shopping Bauhaus, sei lá como e fomos direto para a sala do Anderson Barcelos. Nem tomamos café, estávamos com fome, Dê estava chateado com alguma coisa e eu estacionei lonjão e fiz minha mãe andar rua Nelson de Sá Earp acima na chuva. Eu estava com pressa. Simone Medeiros nos ligou, remarcando para 15h. Errei o prédio (a sala dele ficava na parte da expansão) e às 10h estávamos tocando a campanhia da sala do Anderson. E nada. Liguei e nada.
Pensei num palavrão.
Até que resolvi olhar na agenda: a reunião com o Anderson era 14h. 10h era com a Simone... Me senti péssima pela confusão. Pedi mil desculpas para Dê e mamy, mas o clima continuou esquisito. Acho que foi o 1.º dia de reunião que nos estressamos e que não nos divertimos.
Yara Barreto havia desmarcado conosco durante a semana, muito fofa, me contou que estava com problemas de saúde e que não poderia fazer meu casamento. Conversou comigo o maior tempão (detalhe: nunca a vi na vida!) e desmarquei a reunião com ela, que seria 12h.
Estávamos com muito tempo sobrando, então fomos comer empada numa lojinha perto da Praça da Liberdade, no final da rua (não lembro o nome, mas a empada estava muito boa). Fomos andando para a feira Serra em Festa no Clube Petropolitano. Quando entrei comentei com Dê que aquele foi um dos lugares que pus na lista para visitarmos, ver a possibilidade de fazer a festa lá. Mas como ele está caído... Precisando de uma tinta já! Apesar disso, é muito bonito. Pegamos muitos cartões e folhetos na entrada e as recepcionistas nos disseram que a entrada era dez reais por cabeça. Credo! Paguei meio chorando (eu sei, sou mão de vaca mesmo) e fomos ver as coisas. De cara vimos o Eduardo Gonzales no seu estande decorado estilo provençal. Abri um sorriso e ele fez cara de quem não me reconheceu. Isso me fez pensar: os fornecedores esquecem de nós, não precisamos ficar com pena se não fecharmos com eles...
Falamos com ele mais pro Dê conhecer o trabalho dele. Descemos e rodamos muito rápido, nem falamos direito com os fornecedores, é que mamy estava preocupada com o horário (Anderson ligara perguntado se poderíamos antecipar para 12h a reunião), então andamos tudo de volta, bem devagar por causa da dor na coluna de mamy. Tadinha, fiquei com pena...
Dê me falou uma coisa que me serve de inspiração até hoje:
_Nat, essas feiras são maior furada... A gente vê os fornecedores, ok, mas depois a gente gasta interurbano ligando pra eles para marcar reunião porque eles nunca conversam com a gente direito na feira... Quanto que a gente já gastou nessa brincadeira de vir a Petrópolis, contando pedágio, alimentação, estacionamento, gasolina...?
Calculei rapidamente e me assustei. Não quero que casar em Petrópolis, tão mais barato que casar no Rio, fique mais caro por falta de organização e precipitação minhas.
Anderson nos recebeu muito bem, uma simpatia. Eu imaginava ele moreno pelo telefone... Me mostrou muitos álbuns lindos, falando com orgulho de suas decorações. Ok, bonitas, mas nada me bateu..., nada me chamou atenção... Expliquei o estilo que queria e ele torceu o nariz. Também torci o nariz para o monte de folhas pelo chão em baixo das mesas dos bolos que vi... Mostrei algumas revistas e ele disse que eram decorações bonitas, mas senti um pouco de dor de cotovelo, porque não eram decorações dele. Senti naquela hora que não ia rolar. Ele ficou de me passar o orçamento por e-mail, agradeci e fomos embora.
Certo, ele faz um trabalho lindo e não deixa que nada o impeça de realizá-lo. Faz prova do arranjo e tal, senti que ele é mais decorador do que florista. Não me esqueço dele falando que "tem que ter muitos lounges para não ficar com cara de restaurante" e que arranjos altos valorizam o $ gasto na decoração (pq depois que as pessoas sentam não se vê mais as flores nas foto). Ele têm muito material em seu acervo. Mas não me disse em nenhum momento se a flor que quero estará mais cara na época do meu casamento. Tá, gostei sim do trabalho dele. A Vívian, minha cerimonialista linda, achou que ele faria meu estilo, mas não rolou... De volta a estaca zero.
De lá fomos para a casinha linda e perfumada da Simone Medeiros.
Na hora em que a vi levei um susto e fiquei travada a reunião toda. É que ela era a cara de minha última coreógrafa, uma mulher do mal que eu tenho verdadeira repulsa. Do tipo que "veste Prada". Ela começou a reunião contando de um acidente terrível que aconteceu no dia anterior: por causa da chuva, houve um entupimento numa calha do Solar e o forro veio a baixo. Ela salvou o bolo e os docinhos, mas tiveram que refazer a decoração toda e todos se juntaram pra ajudar. Pensei "Que medooo!!! Por que ela tá me contando isso???" Depois minha mãe disse que gostou de saber disso, entendeu que a Simone não se faz de estrela-decoradora, se tiver qualquer problema ela ajuda mesmo, sem que seja tarefa dela. Ufa.
Ela entendeu perfeitamente o que quero, me mandou a real o tempo todo em relação a flores e viu que eu estava mais confusa em relação a decoração do que eu acha que estava. Ela recolhe as flores, depois que desmonta uma festa, e distribui para os vizinhos! Que fofo! Minha mãe gostou muito dela e do orçamento (que me mandou por e-mail depois). Eu só conseguia ver a "que veste Prada"...
Passamos na banca da praça da liberdade e compramos a revista da Tribuna sobre festas. Coisa linda de Deus, tem tudo!!!
Voltamos pra feira, só Dê e eu. Mamy ficou no carro com dor e nem insisti. Conversamos com a Anna Guimarães e ela faz arranjos lindos, mas nos explicou que seu serviço é de florista, não tanto de decoração. Vimos lembrancinhas fofas da Isadora Lorang, tiramos uma foto brinde com Erica Marci, falamos com os músicos da Com Classe (pra quem curte, eles fazem aqueles anúncios triunfais com clarins) e ficamos de falar com o Renato Venceslau e com o pessoal do cerimonial da Classe AA, só que não haviam chegado (estavam envolvidos com uma festa), mas não queríamos esperar... Meu irmão já estava nos ligando, queria se despedir de nós antes de ir pra Resende.
Nati, que aventura hein?! Estou adorando seus posts... Conta mais rsrsrs
ResponderExcluirBjssss
Ah! e que memória hein kkkkkkkkkk
Obrigada!!! \o/
ResponderExcluirNat, é uma verdadeira via sacra ir em busca dos fornecedores que atende nossos sonhos né? Uma verdadeira aventura, mas que vale muuuuito a pena! Mesmo agora na reta final dos preparativos, eu adoro pesquisar as coisas casamentícias. Agora estou na busca por decorações tb, mas como vc disse, difícil encontrar algo do jeito que a gente quer. Tba acho as coisas muito comuns e tb como vc disse, não é por achar bonito ou feio, mas sim tb por não ser nada do que eu almejo!
ResponderExcluirBoa sorte com tudo florzinha!!!
Beijos