quarta-feira, 6 de abril de 2016

Estando em lua de mel - VI

Sábado, 23/06/2012
            Última manhã, das nossas manhãs mais perfeitas. Até então.
            Acordamos cedo, nos arrumamos e tomamos café. Olhando para tudo como que querendo guardar, como que dizendo "Até logo". Solicitamos o carrinho e levamos as malas até o lobby. Fizemos o check out e ficamos esperando a van e também a desabilitação do cartão. Muito triste essa parte, essa desativação do nosso cartão. Nosso quarto, onde vivemos de amor, já não era mais nosso. A van chegou e embarcamos com outras pessoas.
            Dê dormia no meu ombro. Eu olhava para aqueles coqueiros e chorava. De felicidade. De saudade.
             Depois de 1h de viagem até o aeroporto, aproximadamente, fizemos o check in, despachamos as malas e nem pensamos em comer qualquer coisa. Engordei tudo que perdi com a pneumonia antes do casamento! Uns 5 quilos! Fomos andar e parei numa vitrine com rendas perfeitas, mas muuuuito caras. Um vestido de batizado era o preço de uma máquina de lavar!!! Visitamos a livraria (sempre) e comecei a ficar preocupada... Para onde a gente ia voltar? Que casa nos esperava? Antes de casar a nossa casa ainda estava toda ocupada com coisas de obra, mas até dava pra dar uma arrumada, já que a parte mais complicada de piso e pintura já havia acabado, faltava um pouco da fiação. Eu tinha esperanças de minha mãe ter visto isso em nossa ausência... Eu sabia que ela arrumaria um lugar para ficarmos.
             No voo não tivemos a mesma sorte de sentarmos na janela. Uma mulher sentou do meu lado e eu estava tão feliz que queria contar pra ela que estava voltando de lua de mel. Mas só dei o meu refrigerante pra ela, como gentileza. Aterrizamos de noite no Tom Jobim e em mim havia uma mistura de felicidade, por ver minha mãe, por voltar, por começar a vida de casados e todos os resquícios das emoções da última semana e um medo de não saber se eu tinha casa.
            E eu não tinha. Do jeito que eu vi nossa casa pela última vez, ela estava: poeira, caixas, bagunça e muito material de obra. Minha mãe disse que os pedreiros não apareceram e ela não sabia se podia mexer... Bem... Eu ia ter minha primeira noite de casada no mundo real no meu quarto de solteira.
             Foi muito, muito estranho e deprimente entrar lá. Depois de tudo o que vivi... Parecia que eu não tinha casado, que eu só fui ali fazer uma festa, viajar e voltei para a mesma vida. Eu sei, um pensamento bem pequeno, tanta gente que não teve nem um terço da sorte que eu tive, tanta gente que nem casa tem, que nem lua de mel tem, que nem marido tem quando volta da lua de mel... E eu tinha do meu lado um cara perfeito, que não se importava com nada daquilo, só queria ficar comigo, onde fosse.












               Estávamos tirando as coisas do carro e levando para o agora nossa quarto, empurrando a minha cama de solteira pro lado e pondo meu colchão no chão e o da cama do meu irmão (improvisando uma cama de casal), quando minha mãe disse que a gente tinha visitas. Fomos para o salão e lá estavam alguns amigos, até mesmo aqueles que não puderam ir ao nosso casamento, e com mais presentes! Fizeram uma festinhas de "boas vindas" para nós, com cartazes, caderno de recados, toalhinhas nas mesas... Prepararam uma noite de caldos e muitas conversas animadas sobre os últimos acontecimentos que mudaram minha vida. E de novo, não tirei fotos... =(


Um comentário:

  1. Realmente bate uma depre na hr de ir embora rs
    Mas que surpresa boa essa dos seus amigos hein!

    Bjus
    Taty
    http://ansiosapracasar.blogspot.com.br

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