Estranhos porque eu nunca tinha ficado tanto tempo com o Dê, somente eu e ele, como na lua de mel, então por uma semana nos esquecemos de conversar sobre os nossos dias. Foi estranho voltar para o trabalho, ficar sem ele... E para a rotina estressante! Bota estressante nisso! Na semana que voltei recebi uns quilos de provas pra corrigir e diários para fechar. A sorte que em poucas semanas já entrei de férias.
Dê ganhou cópias das chaves de casa da minha mãe e tivemos que separar uma parte do meu guarda roupa de solteira pra ele. Dormir no chão era muito ruim, ainda mais porque queríamos ficar juntos e os colchões de afastavam, fazendo uma vala no meio, onde um ou outro caía de vez em quando. Experimentamos dormir em apenas um colchão e até na minha cama de solteira, mas nada parecia muito bom. E a gente com uma cama queen na loja, só esperando o nosso telefonema... Eu olhava para nossa casa com olho cumprido, um olhar meio triste... Nossos presentes no chão da sala da minha mãe e eu doida para usá-los.
Fui arrumando as coisas da mala aos poucos. Limpar meus pincéis e os cílios que usei no casamento foram as últimas coisas. T'Pol, nossa cachorrinha, já não morava mais lá, foi para a casa do meu irmão e ficou lá de vez
No sábado seguinte fomos a Petrópolis visitar a Vívian e entregar para ela e para a Gabi alguns presentes de agradecimento, uma manta pra ela e um par de brincos para a Gabi (por causa do caso do sumiço dos meus brincos e deixei ela doida procurando), mas Vívian entrara de licença, iria ter a Beatriz! Então ficamos conversando com as outras meninas e pegamos o que sobrou de material da decoração. Aproveitamos e fomos na Festa do Colono. Também passamos no Solar do Império para pegar um passador a vapor que uma dama de honra havia esquecido.
Os amigos, nos primeiros eventos, nos cumprimentavam com "e aí, casados!" Muitos perguntando do álbum. Mas nas redes sociais as fotos bombavam e eu catava todas que podia.
Nos nosso primeiro dia dos pais decidimos: café da manhã com meu pai e almoço com o pai dele. Como meu pai mora em Teresópolis, fomos para lá no dia anterior, mas antes passamos em Petrópolis, não me lembro por que. Ah, lembrei, a gente foi na MC Locações para ver uma mesinha que estragou no casamento e que a gente ou pagava ou comprava. Resolvemos comprar e hoje não sabemos o que fazer com ela.
Quando meu pai nos viu, ficou tão feliz de me ver casada! E também falou, meio sem jeito "Que casamentão..."
Umas semanas depois fomos a Minas e na nossa família (agora ela era minha também!) o assunto era o nosso casamento. Aos poucos isso foi esfriando bem, mas até hoje, vira e mexe, alguém fala alguma coisa sobre "o melhor casamento que já fui".
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