quarta-feira, 16 de março de 2016

Enxugando lágrimas

Casei - Parte XVII

Quando momento "samba" passou, veio o momento "forró" e foi a hora de todo mundo fazer par. Dê e eu já estávamos um pouco dispersos, principalmente depois que nossos amigos me jogaram pra cima (viram a cor do meu pé na foto do post passado?).
Uma madrinha, que me conhece desde pequena, disse para eu dançar com meu irmão, como quem sabe de alguma coisa e não me contou.
Mas tá, fui dançar com meu irmão.
Conheço ele... Começou a dançar comigo meio distante, cantando...
Mas depois começou a me dizer o quanto estava feliz.
E a me pedir desculpas...
Porque na verdade, toda a distância e mau humor durante os preparativos do meu casamento, todas as duras críticas sobre qualquer coisa, todo revirar de olhos quando ou mostrava uma lembrancinha nova, era só ciúme.
Ele estava perdendo a grande companheira de uma vida inteira.
A gente já não tomaria mais chocolate de madrugada na cozinha de casa. Aquela já não seria mais a nossa casa. A gente já passou por tantas coisas juntos... Só quem é filho de pais separados, só quem quase perdeu os pais sabe a união que brota entre irmãos. E nós éramos muito, muito grudados.
E a partir daquele momento, não mais.
Estávamos nos separando... E ele queria que fosse para sempre.
Senão era sinal de que tudo dera errado e ele não podia ser egoísta a ponto de me querer de volta de pijama em casa.
Ele estava me deixando partir. E aquela era a festa de despedida.
Meu irmão, meu melhor amigo...
Não sei como eu não chorei naquela hora tudo o que estou chorando agora.









Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário