quinta-feira, 3 de março de 2011

Marcando a data na Igreja



Posso dizer que esse foi o dia mais aguardado e mais temido também. Aconteceu no dia oito de fevereiro.

Alguns anos atrás fui a um casamento que foi um dos momentos mais legais da minha vida. A igreja gótica daquele casamento ficou na minha memória afetiva.

Quando mais jovem e ainda nem conhecia o Denis, ficava imaginando quando me casaria, como seria, onde... Já sonhei com casamento no campo, já sonhei em casar numa catedral gigantesca como a Sarah, duquesa de York, já pensei em casar sem festa nem nada, só o noivo, eu, o padre e 2 testemunhas (como no final da novela "Direito de Amar" com Glória Pires e Lauro Corona), casar num hotel... Depois que deixei de ser "católica não-praticante" e passei a viver a minha fé, indo além de assistir missa, o verdadeiro sentido de me casar na igreja tomou uma proporção indescritível na minha vida. Encontrar o amor da minha vida, consagrar nosso amor a Deus e com ele formar uma família se tornaram a coisa mais importante da minha vida.

Quando Denis e eu começamos a sonhar juntos, comecei a definir em mim o que eu realmente queria e a entender como os sonhos poderiam se concretizar. Conversei muito com Deus e pedi que nos levasse onde queria. Até que a gótica Catedral de Petrópolis entrou em nossos sonhos.

Um dia de maio de 2010 resolvi ligar pra lá, só pra saber da agenda e normas. Fiquei feliz em saber que poderiam realizar meu casamento, mesmo que nós dois nem frequentássemos aquela paróquia e fôssemos de outra cidade. Eu ligava para a secretaria da igreja todo mes pra saber se eu já podia marcar a data.
Em janeiro desse ano o pároco que me atendeu disse que a agenda para 2012 abriria dia 08/02. Com o coração na boca contava os dias. Até janeiro eu passei algumas noites chorando, nas "noites escuras da alma", com uma aflição e medos que só meu coração conhece. O advento de agendar a data do meu casamento me fez sentir grávida, preenchida, plena e o meu choro já não se torna presente.

Contava os dias, contava as horas... No dia 07 ele veio dormir aqui em casa para sairmos cedinho. A secretaria abria às 8h. Saímos de casa 5 e meia, abasteci o carro, subimos a serra felizes... Tanta ansiedade me fez esquecer de avisar na escola com dias de antecedência sobre minha falta, o que me rendeu depois descontos de 6 aulas no meu pagamento, mas assumi a conta. Marcar o casamento no lugar dos nossos sonhos, junto com a pessoa que a gente ama, não tem preço.


Fomos os terceiros da fila, na nossa frente um senhor que iria marcar o casamento da sobrinha (e que chegara às sete e meia) e uma senhora (que eu não sei o que ia fazer na secretaria). Aos poucos outros casais foram chegando. Estava um dia lindo! Apesar do calor de 40 graus que estava se formando no Rio nesse dia, sentimos um pouco de frio. Lembro da minha ansiedade cada vez que uma janela da secretaria se abria, que De e eu conversávamos sobre filmes e que eu estava com minha Melissa Happy dourada.
Por volta de nove e meia entramos na salinha. Os párocos sorridentes, nos deram papéis fizeram algumas perguntas, como a clássica "Por que vocês querem se casar em Petrópolis, tão longe de casa?"
Sei que já falei sobre isso algumas vezes, mas nunca disse porque não queremos nos casar em nossas paróquias:
Original e geograficamente a nossa paróquia é a Catedral de Santo Antônio. Foi lá onde comecei a ir a missas todos os domingos por volta dos seis ano de idade, fiz a 1.ª comunhão e a missa dos meus 15 anos. Já adulta, frequentava as reuniões do Cursilho (quando criança, seguia minha mãe a essas mesmas reuniões). Lá o Denis cresceu, sua mãe trabalhava na secretaria, ele fazia parte do grupo de teatro que apresentava a Via Sacra na Páscoa. Lembro vagamente da mãe dele e do irmão mais velho, mas nós dois nunca nos vimos.
A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima sempre me atraiu. Talvez por meus pais terem se casado e me batizado lá. Talvez por ela ser lindinha e ter a imagem de Cristo em madeira que me despertou o coração para Jesus, fascinante e impressionante. Talvez pela sensação de paz quando entrava nela vazia... Fiz minha Crisma lá, participei do grupo de canto, fui catequista (Catequese e Catecumenato)... Em Fátima conheci o Dê, quando fizemos parte do grupo jovem. Casar lá seria minha escolha mais óbvia, mas não quis, nem Dedê... Também não acho muito legal casar fora de nossa paróquia de origem, uma vez que a igreja não é só a construção do templo, mas também toda a comunidade e não estar nessa comunidade que participamos para receber um sacramento em outra onde não temos laços... Acho estranho... Não podemos procurar uma igreja bonita para casar, só para as fotos ficarem bacanas. Isso é um desrespeito a casa de Deus e a toda a comunidade católica. Que sentido tem um casamento onde o primeiro interesse é a estética da coisa? Escuto coisas como "O que importa é o amor do casal". Sinceramente... O que importa é se esse amor está maduro, se ele está pronto para gerar vida, se ele é consagrado e sonhado por Deus.
Então por que casar na Catedral? Porque foi lá onde Deus plantou meu coração e o do Denis. Não sei explicar como sei disso, apenas sei.

Nossa data e nosso horário estavam livres! Eles só ficaram na dúvida pois não é um horário comum (15h) mas marcaram. Acharam que não haveria problemas e pediram para ligar em alguns dias para termos a confirmação do Vigário Geral. Pagamos parte, pegamos a lista de documentos e uma folha para levarmos aos padres que celebrarão nosso casamento para se responsabilizarem (liberando assim o padre de lá). Denis que assinou o papel do agendamento.
Felicidade

(Imagens extraídas de http://picasaweb.google.com/http://alexcristiano.com/; http://rogeriomaciel.blogspot.com/; http://cariricult.blogspot.com/ , respectivamente)

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Oi pessoal! Já que me perguntaram duas vezes, vou responder. Para reservar a igreja para junho de 2012, fui à secretaria em fevereiro de 2011 e pagamos quinhentos reais. Acredito que os valores sejam outros hoje, vale a pena ir à secretaria que fica ao lado da igreja.
      Beijos

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