quarta-feira, 20 de abril de 2016

Adoecendo e cuidando


Já convivíamos com a depressão da minha mãe quando, em setembro de 2013, a avó paterna do Dê partiu para o céu. Foi a primeira pessoa próxima e muita amada que nos deixava depois que casamos. Experimentamos juntos um breve período de luto, mas que superamos bem por conta do apoio da família e do cuidado que tivemos um com o outro. Logo depois, no mês seguinte, o pai do Dê pegou erisipela e ficou "hospedado" na minha mãe por quatro meses (já que lá era mais confortável do que na nossa casa), mas nós dois é que cuidávamos dele.
No início de 2014, Dê ficou com Dengue e foi um mês cuidando dele, que só não foi internado porque tenho uma mãe médica morando do meu lado.
E em abril de 2014 resgatamos o nosso Toulouse da rua. Nos primeiros meses o cuidado com nosso gatinho surtiu efeito e na metade do ano respiramos um pouco, mas no final do ano ele começou a piorar. E foi aquilo: muito amor, mas muita dedicação. Muitos cuidados, gastos, noites sem dormir, trabalhos por entregar, sofrimento, choro, muito choro, orações... Mas ele se foi. Ficamos um bom tempo para nos recuperar dessa dor e até hoje nos incomoda. Um psicólogo nos disse que experimentamos a dor de perder um filho, mas em menor proporção, e que esse luto era esperado.
Ainda em 2014, no final do ano, minha madrasta teve embolia pulmonar e agora está de volta ao CTI com um câncer no cérebro... E estou, de longe, cuidando do coração do meu pai...
Eu também passei por períodos (muitos) de gripes, crises de coluna, tive um problema no aparelho digestivo que ninguém descobriu o que era (e fui parar no psicólogo e a coisa melhorou), operei o ciso e tive complicações que me levaram ao hospital, peguei esporotricose do meu gatinho e fiquei em tratamento por 4 meses...

Durante nossos quase quatro anos de casados a gente experimentou algumas poucas ilhas de tranquilidade, sem ninguém doente, sem ninguém para cuidar.
Apesar disso não ser uma coisa divertida, a gente não reclama e acredita que é um bom momento para exercitar a caridade e a humanidade.
Parece contraditório, mas mesmo com poucos períodos de descanso para a gente se curtir, esses problemas só têm nos fortalecido enquanto casal.
A gente tem aprendido que conseguiremos enfrentar qualquer coisa juntos!

2 comentários:

  1. Nossa quanta coisa! Pra 4 anos vcs já passaram poucas e boas, mas realmente só nos fortalece!
    Td de bom e boa sorte!

    Ah, o remédio de formiga comprei na casa de ração mesmo

    Um ótimo feriado pra vc!
    Bjus
    Taty
    http://ansiosapracasar.blogspot.com.br/

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  2. Olá, Natália

    Que belo texto.
    Realmente esses tempos difíceis revelam o ser humano que você é e o amor que tem pelas pessoas. E isso é fundamental para vivermos bem e que bom que isso tem fortalecido vocês como casal já que o apoio um ao outro é fundamental, principalmente na hora de superar perdas. Peço a Deus que continue abençoando muito vocês em tudo.

    Grande abraço
    Fernando
    www.fernufala.com

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