segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Tendo um dia de sonho


(Bia Neumann)

O Grande Dia - Parte III

Enquanto eu era penteada no spa perto dos aparelhos de ginástica, vi o Cristiano Oliveira chegar. E eu não lembrava dele... Não, claro que eu lembrava dele, mas por um momento  eu não lembrava que ele iria fazer a filmagem do making e nem lembrava muito dele fisicamente, já que não o vi depois que fechei o contrato lá em 2010. 
Vi que ele pegou o meu vestido e pôs numa árvore ou num solário do jardim da piscina para filmá-lo.
Depois que a maquiadora prendeu meu cabelo com bobs, vi que ela foi na varanda colocar o cílios da minha mãe e achei aquela cena tão bonita... Estava um dia lindo! Frio e ensolarado.
Pedi para ela pôr meus cílios também, já que eu não estava conseguindo. Não ficou mega perfeito, mas ficaram nos meus olhos e isso é que importa. Pra desanuviar, abracei-a e disse "Ai, te amo!"
O Cristiano veio me filmar enquanto uma madrinha e minha tia de Curitiba foram falar comigo, depois de serem maquiadas e penteadas no meu quarto. Que felicidade tê-las ali... E aí eu comecei a falar e só depois percebi que estava sendo filmada.
O Cristiano fez um monte de perguntas (e eu já estava sentada na frente do balcão do spa) e falei muito. Abri o coração e falei do Dê. Falei tão bem dele e depois paguei mico (que não tenho coragem de contar pra vocês. Não é nada demais, mas fico com vergonha, hehehe).
Aí a maquiadora pôs minha grinalda e fomos para a varanda do spa para eles, que me filmavam e fotografavam, aproveitarem melhor a luz, enquanto meu penteado era terminado.
Voltei para o banheiro para terminar minha maquiagem e não saiu mega perfeito. Achei os cílios muito grandes, mas ainda assim achei que fiquei linda. Toda aquela cara inchada e cansada se foi. Me admirei por dois segundos, como noiva. Eu nem estava ligando para as fotos e a câmera. Foram dois segundos meus, antes de sair correndo do spa por volta de 2 e pouca. 
Tasquei fixador de maquiagem e corri, literalmente, para me arrumar, sorrindo de orelha a orelha e rezando para não virar o pé com o chinelo.
Cheguei no quarto esbaforida e o vi apenas com a minha mãe. A imagem dela, calma e me passando tranquilidade, me paralisou: ela estava linda demais. Como eu amei minha mãe naquele dia. Um sentimento de imensa gratidão.
Logo a Bia e a Gabi chegaram e o Cristiano foi posto de fora para eu poder colocar o vestido.
Primeiro as anáguas, depois os sapatos, depois o vestido. Foi um pouco difícil por causa do cabelo e da maquiagem, Deus me livre aqueles cílios caírem! A Gabi e mamy me ajudaram e cruzei os dedos com os braços pra cima e ele escorregou pelo meu corpo. Aí mamy terminou de se vestir rápido para o Cristiano poder entrar no quarto.
Ele filmou minha mãe fechando meu vestido, pus os brincos, tirei um pé do sapato só para me filmarem e fotografarem calçando ele. Como eu estava feliz naquele momento... 
Percebi que pisava toda hora no vestido e que um dos balonês da saia havia se desfeito. Me perfumei com mamy, antes dela deixar o quarto e ir correndo para a igreja. Antes peguei o terço e o Cristiano quis que eu fizesse como se estivesse rezando. Rezei de verdade.
A Gabi prendeu meu véu. Indescritível quando me vi de noiva, indo casar! Peguei meu buquê e saí do quarto 31 do anexo do Solar do Império pela última vez solteira.
Bia tirou um monte de fotos na frente do quarto, eu cheia de pose e ela fingia que tirava foto, por não gostar de foto posada. E quando eu relaxava, ela tirava de verdade. Fomos até uma sala de leitura que fica no anexo mesmo e me diverti um pouco com os livros (tinha um Almanaque dos anos 80, que amo!) e toquei piano.
Aí eu descobri que não poderia sair do hotel.
Como assim????




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