segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Comprando a 1.ª Revista de noivas


Comprar revista de noiva é se assumir noiva. É tão legal...! E depois ficar com dó de se desfazer da revista. 

Quando fiz 15 anos consegui dois exemplares de "Faça Fácil- Festas" especiais. Ou seja, esse lance de publicar decorações, ideias e bolos não era algo comum. Lembro que só a partir dos anos 2000 comecei a reparar que haviam revistas destinadas a noivas. De repente elas sempre existiram, mas eu não as via nas bancas (talvez havia só em São Paulo). Lembro de quando folheei pela primeira vez uma revista dessas: uma vizinha iria se casar (e ela nem me chamou) e a minha empregada, que fora empregada da mãe dela e ficaram colegas, pegou a revista emprestada e eu pedi pra ver. Nooooossa... Empolgação total. Um mundo novo se abriu pra mim.
Acho que toda menina pede o Ken de presente só pra ter um homem-boneco na brincadeira pra casar com a Barbie. Toda menina gosta de ver como é o vestido de noiva de Fulana da novela. Muitas de nós amávamos ser daminhas... Ou seja, todas essas referências que nos fazem ser "mulherzinhas", "princesas" e ter domínio sobre o evento casamento. E ao folhear aquela revista essas referências afloraram. Outros elementos me invadiram.
Na nossa cabeça há os elementos chaves que fazem um casamento acontecer, todo o resto é coisa de agora que somos adultas:
  • Príncipe (noivo)
  • Carro da noiva
  • Marcha nupcial
  • Vestido, buquê, véu e grinalda
  • "...Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva"
  • Latinhas no carro
  • Bolo
  • Corte do bolo, beber o champanhe cruzando o braço com o dele e jogar o buquê

Primeira dança? Quem é o melhor fotógrafo? Decoração da igreja? Dj? Isso é coisa de agora. Ou de uns anos pra cá ou passamos a prestar atenção a essas coisas com a proximidade do casamento. Na minha infância era normal ter casamento sem festa, só com o bolo e os cumprimentos. No casamento do meu tio teve filmagem, uma revolução em 1988.

O interesse pelas revistas se deu porque eu queria, sem perceber, saber das novidades, do mundo que o evento "casamento" construiu com o passar dos anos. E que mundo sedutor... Muita atenção pra não gastar demais, não se iludir demais, não inventar demais... Mídia, né...

Tempos depois fui chamada pela Bia e pelo Érick para ser madrinha do casamento deles. Como me chamaram no 2.º tempo, nem consegui me envolver muito nos preparativos, mas depois de um ano pedi as revistas dela emprestadas. Noooossa, mais empolgação total! Li, reli, mil vezes. Jurei pra mim que quando fosse minha vez eu compraria todas as revistas que saem nas bancas.
Só que isso não aconteceu, graças a Deus. Naquela época eu não tinha senso nenhum e achava que todas eram "ok". E não são. Há revistas modernas, outras "paradas no tempo", revistas para diferentes classes sociais, outras que mais parecem catálogos de fornecedores, outras que não sei porque são vendidas no Rio de Janeiro.
A primeira revista que comprei foi a "Noivas Rio de Janeiro", n.º18. Eu já estava na comichão de comprar revista de noiva há um tempo, mas não fazia porque eu não era noiva (tá, ainda nem o sou formalmente, mas quer saber? Vou casar assim mesmo: decidi que ele é meu noivo e ele aceitou. Depois falo sobre isso) e tinha medo de que a minha empolgação por assuntos casamentícios importunasse o Dê de alguma forma, como se eu tivesse dando recado. Só que não resisti quando vi a chamada da capa "Toda leveza do balé". Aff! O sangue de bailarina esquentou e comprei, na banca do supermercado.
Que sensação estranha... Um misto de curiosidade, empolgação e culpa infantil (de quando abrimos o presente antes do natal), afinal eu não podia comprar um revista de noivas já que eu não era noiva. Eu lá, no estacionamento do Prezunic do meu bairro, folheando minha revista dentro do carro, em junho, com as comprar no porta malas.
          _Dê, comprei uma revista de noivas...
          (Dê me olhando com sorrisinho de canto de boca, como que já soubesse)
          _Mas ó, não tô te pressionando a casar comigo, não...
          E mais um sorrisinho. _Também te amo, Nat.

Depois comprei as edições 14 e 15 no Casar na Serra por uma pechincha (só comprei essas pq os assuntos eram voltados a casamentos na serra), e a Vogue Noiva n.º 16 por causa do tema do meu casamento na capa (Renda) _essa deu um trabalho pra achar... Comprei na banca do condomínio Sta Mônica, na Barra. Depois comprei a Inesquecível Casamento Rj n.º 24 em Niterói, porque mamy e eu chegamos cedo demais no médico e tínhamos que fazer hora (nela tem o casamento do filho de amigos da igreja). Depois não parei mais de comprar... Só comprei o Anuário Caras porque ele sai no final do ano e no ano que vem não faria sentido comprar (já que caso em junho). Comprei a Vogue seguinte no aeroporto voltando da nossa pré-Lua de Mel em Porto Seguro... Agora mamy pergunta: Tem revista nova pra eu olhar?
Levei-as todas para a casa do meu irmão em Resende, onde passamos o natal, para minha cunhada Su e minha sogra Dadi verem também. O vício é contagioso...



 
Dicas:
  • Compre as revistas com os fornecedores e histórias de casamento da localidade (ou mais próximo possível) onde você se casará. Os exemplos de decoração e outras ideias não diferem muito de um estado para o outro.
  • Só compre revistas com forte em vestidos apenas quando começar a ver esse quesito. Veja todos os fornecedores antes porque eles têm agendas apertadas. O vestido dá pra ver depois.
  • Minhas revistas favoritas: Noivas Rio de Janeiro, Inesquecível Casamento Rj (essas foram dicas da minha afilhada, que disse que só comprava essas) e Vogue Noiva (para a noiva que quer fugir da mesmice e da breguice). Gosto também do Anuário Caras Noivas e da americana Brides. Para quem casará em Petrópolis tem a revista da Tribuna especial festas, que sai em outubro, mais ou menos





(Imagens extraídas dos respectivos sites das revistas)

3 comentários:

  1. Putz Nath, to viciada em comprar revista, quando sai uma Noivas Rio de Janeiro nova eu corro pra comprar, tbm comprei o anuário da Caras...mas é um vício bom!!!rsrs
    beijos e boa semana!

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  2. Nossa, Nat, tb sou viciada em revistas de noiva, o problema é que agora comecei comprar as gringas...hauahaua...
    Bjks linda

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  3. A Noivas do RJ para mim é a melhor, adoro tudo, os editoriais, as histórias de casamento... Tudo.
    Bjos

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