segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Saindo da Igreja

Casei - Parte V

Depois da bênção final, rapidamente Cristiano e Vívian nos orientaram para fotos, me entregando o buquê. Primeiro com o padre, depois com nossos pais (a foto clássica), depois com nossos pajens e daminhas e por último só nós dois.
Quando, de frente para todos, eu pensei que já poderíamos ir embora, Vívian nos disse, no pé do altar e com seu jeito doce: "Agora só falta o beijo".
Ih, esqueci!
E Denis e eu nos beijamos sorrindo enquanto ele me abraçava com força.
Eu sempre achava o máximo essa parte do "Pode beijar a noiva" e ficava imaginando como seria a minha vez, se daríamos só um selinho comportado, se ele me daria um beijão cinematográfico ou, mais cinematográfico ainda, me viraria e deitaria em seus braços, bem aquela foto "O beijo" de Alfred Eisenstaedt.
Mais simples, mas muito mais bonito, nos beijamos sorrindo. E várias vezes. Selinhos e beijos de verdade ao som dos aplausos e assovios das nossas famílias e amigos.
Quando viramos de frente eu era apenas sorriso.
Aos poucos vimos as cerimonialistas organizando o cortejo para a saída e ri quando vi meu pai e minha mãe saindo juntos. Pensei no tamanho do problema que ele teria com minha madrasta. Depois os pais do Dê, que também são separados mas que possuem aquela civilidade que só vemos nas novelas do Manoel Carlos. Depois meu irmão, os irmãos dele e os demais padrinhos. Não vi se os pajens e as daminhas saíram no cortejo também e nem o padre (tenho que lembrar de ver isso nas filmagens). Depois de todos os padrinhos, saíram minhas damas de honra divas maravilhosas.
Esperamos alguns segundo e descemos do altar. Eu estava num êxtase tão absurdo que nem fiz reverência para o altar, fui embora pela passadeira, andando rápido e olhando para os convidados que ainda estavam na igreja.
Lembro que eu sorria tanto que minhas bochechas doíam e eu nem conseguia enxergar direito de tanto que as minhas bochechas apertavam meus olhos para se fecharem.
Gente, no meu peito tinha tanta alegria, tanta!
"Ode à Alegria" nunca tocara tão forte no meu estômago como naquele momento.
Acho que foi um dos momentos mais felizes da minha vida inteira.
Meus primeiros passos casada, ao lado do amor da minha vida... Quando vi o céu de dentro da igreja, no crepúsculo, tão lindo e cheio de azul sem nuvens, eu me senti nascendo.
Tantos sorrisos, as flores sobre nós, a música, a pressa...

Aquela fora a celebração da minha morte, eu estava era renascendo.
















Antes da bênção, a comentarista convidou a todos para essa foto na escada da igreja, reforçando o convite que estava no final do missal para essa foto. A forma como a gente fez o cortejo, com a gente saindo por último, fez com que os padrinhos já se posicionassem, os convidados não fugissem (bom, alguns escaparam) e, depois passarmos no meio de todos que nos esperavam com a chuva de pétalas nas escadas,  nos posicionamos e fizemos a foto. Quando eu dei a ideia para o Dê ele disse que não daria certo, mas como foi rápido e tivemos uma equipe que acreditou na foto, olha que resultado incrível!
Um monte de gente passando na rua parou pra ver! E nem durou 5 minutos.

 Cumprimentamos e abraçamos rápido algumas pessoas, atravessamos a passagem de carros e fomos para a escadaria mais a baixo com os padrinhos. Logo depois todos os outros convidados se dispersaram e vieram os balões. Vívian deu instruções para segurarmos firme na cordinha, enquanto uma cerimonialista entregava e cortava a ponta, mas mal acabou de falar vi um balão voando embora... Aí todo mundo ficou com medo e enrolou a cordinha no punho. Vívian veio nos dar instruções, para só soltarmos na terceira foto, pra gente ensaiar. Mas aí o Michel veio e contou "É 3, 2, 1" e todo mundo soltou. Na 1.ª foto! A sorte que deu certo! Queríamos uma foto divertida só com os padrinhos. Cochichei para o Dê não soltar o balão dele. Que sorte! Usamos eles nas externas que fizemos antes de irmos para o salão.



Entramos no carro e eu estava toda animada, mostrando o Aerowillys para o Dê e aquele seria um momento perfeito se não fossem os gritos que ouvi e meu irmão correndo na direção do carro da frente: uma madrinha prendera o vestido na porta de seu carro, o que fez com que ele agarrasse na roda. Depois de um momento de gritaria, tudo se acertou. Mas o vestido ficou todo rasgado e ela nem curtiu a festa depois...



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