segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Reservando o hotel da noite de núpcias



No dia 15 de outubro subi a serra só com Dedê. Fomos conversar com a Vívian (que depois eu conto), ver móveis para nossa casinha e reservar o hotel para a gente passar a noite de núpcias.
Minha mãe não foi porque tinha reunião de cursilho.
Como era sábado, não conseguimos ver os quartos e pedi pra reservar a maior suíte que eles tinham _já pensando na quantidade de gente que estará comigo. Ah, o hotel? Solar do Império.
Na primeira vez que fui a Petrópolis com Dê, visitamos esse hotel. É que eu pensava em fazer a festa lá e desisti porque teríamos que alugar toldo pra ampliar o espaço e tal. Mas ainda assim sonhava em me arrumar lá, tirar minhas fotos do making of nos corredores...
Desde então, fomos ao hotel algumas vezes; sempre na esperança de já podermos reservar o quarto. Eles sempre diziam que estava cedo, mais pra frente... Em Setembro último começou a me bater paranóia: e se eu não conseguisse o maior quarto? Nesse dia 15 fui decidida a reservar de qualquer jeito.
Ficamos com o quarto 31, do anexo. Durante a semana, quando o gerente me mandou o e-mail com os dados da reserva e do banco para depósito, eu impliquei com o quarto. Sei lá... Queria vê-lo, saber como era a vista, sentir a energia das paredes... Afinal é o mítico quarto da mítica noite de núpcias, onde terei a mítica 1.ª vez com meu marido.
Tinha que cuidar disso com carinho.
Então, mesmo doente, com febre e o nariz escorrendo, fui hoje pra Petrópolis com minha mãe (com ela dirigindo, lógico) para, além de conversar com o Osvaldo sobre os móveis (que depois eu conto também), ver meu quarto.
Passeamos pelos corredores do prédio principal e do anexo entrando e saindo de quartos, com a hostes nos explicando as coisas.
O 31 nós não vimos, estava ocupado, então ela nos apresentou o similar, o 41. De cara gostei do número: 4+1=5, meu número da sorte. Um sentimento gostoso me invadiu quando entrei nele, um sentimento semelhante ao carinho de criança no nosso cabelo. Parei em frente ao espelhão e me olhei, como num flash me vi de noiva. A hostes abriu as janelas e as cortinas de voil dançaram com a brisa quente, o quarto se encheu de luz. Eu soube que era aquele o quarto. Fui até a varanda e vi a rua lá embaixo, talvez o único inconveniente (ter de fechar as portas para não acordar com buzinas no 1.º dia de casada), mas não me importei.
É estranho e maravilhoso poder escolher coisas tão importantes na nossa vida. Sempre tenho medo dessas escolhas porque duvido da minha capacidade de decisão, mesmo sendo adulta há mais de uma década. Ainda assim, hoje não pude deixar de admirar a maravilha dessa oportunidade que a vida me deu.
Barão do Rio Branco é o nome do quarto, o mesmo nome da rua por onde tanto passei durante minha faculdade de Ciências Sociais e que guarda em suas pedras tantas memórias da minha vida, da minha história com Dê.
Nesse quarto há uma porta de passagem para o 45, que minha mãe ficou de olho (se ela se hospedasse lá teríamos um quartão para toda a mulherada poder se arrumar). Ainda bem que ela mudou de ideia e preferiu ficar no hotel Bragança, que fica atrás da igreja, a gente pretende lotar esse hotel com amigos e parentes, porque há desconto e a bagunça que ela não quer perder. Imagina estar na minha grande noite sabendo que minha mãe está no quarto ao lado!
Então é isso, chegarei no dia 15 de Junho de 2012 no hotel, solteira e saio no dia 17 casada.



(Imagem extraída de http://www.tripadvisor.com.br)

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